sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Amanheceu, é hora de voar

Por aqui estou em clima de fim de ano, quando tudo é cansativo e a rotina exaustante, em meio as provas finais e o quase-férias, aquela coisa bem punk. Resolvi tirar o dia para mim e enquanto assistia um seriado me deu uma vontade bem grande de ler o relato de parto da Gabi e o da Michelle e eis que descobri o vídeo do nascimento de Francisco (filho da Gabi) que por uma força maior que eu desconheço tem a música que eu cantava pra Lucas (meu primo que nasceu mês passado, prematuro) desde a barriga e que escutei a noite toda naquela madrugada de 25/10 até receber a notícia no início da manhã do dia 26/10 que Lucas tinha enfim nascido, junto com o sol. Chorei com o vídeo do Francisco nascendo, chorei que nem criança pensando em como queria aquela alegria para mim, chorei mais ainda porque já amo meus filhos antes deles serem hipótese (são só sonhos distantes) e pensei também no quanto eu queria que todos da minha família vissem um nascimento humanizado assim, que minha prima visse que não é um bicho de sete cabeças, que minha mãe perdesse o medo do parto normal. Pensei e pensei, e ai nasceu a ideia do post.

O meu amor corre devagar, anda no seu tempo
Que passa de vez em vento

E eis que eu lembrei do blog da Michelle Amorim, e da publicação que fala sobre as músicas do nascimento do Leonardo, onde conheci a música Do Amor. E como amanhã (dia 22/11) vou ao show do Nando Reis e como sou louca por música, resolvi escutar algumas que marcaram minha vida. Uma das primeiras que me veio a mente foi Cria, da Maria Rita:

Reflexo no espelho leva à emoção
A lágrima ameaça do olho cair
Semente fecundou
Já começa a existir

E então vieram outras, como Wave, do Tom Jobim e Here Comes The Sun, dos Beatles. Mas minha intuição lá no fundo me dizia o nome de uma música que eu custei a aceitar que era a melhor definição possível do momento que estou passando (chegando na 3ª série do Ensino Médio, no final de 2016 saio definitivamente da escola para ir para a universidade) e de vários que passei e vou passar. Talvez pelo fato de quem canta a música ser alvo de muitas críticas (apesar de eu a achar uma diva) e/ou ser puro preconceito da minha parte, demorei a aceitar que a música Pássaros era a música que eu precisava ouvir e refletir. Coloquei no play e me deixei levar, de repente veio uma força tão grande, um sentimento de "eu posso tudo", de ser tão pequena perante o céu e a grandeza do Senhor (como um pássaro) e um misto de sensações enorme. Vai ver era isso, Deus queria me dizer e afirmar que amanheceu e é hora de voar


Eu conheço a imensidão do céu
Pássaro que sou,
Mergulharei de vez
Uma vez ou três 
(...)
Sigo meu instinto animal
Cruzo mil fronteiras
Garimpando amor, 
Semeador.

É hora de voar

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Eu não quero crescer

Eu sei que parece que o blog está abandonado, à mercê das moscas e das teias de aranhas, mas tenho meus motivos para isso e só eu sei da saudade que eu sinto de escrever aqui. Tomei uma decisão, depois de ler um texto de Renata Senlle (que concordo em certos pontos e discordo em outros) que ficou na minha cabeça por dias, decidi que não vou mais expor 100% do meu irmão sem autorização dele, apesar dos seus bem vividos 6 anos, ele tem um empoderamento lindo de se ver e dia desses entrou em um conflito comigo por uma foto que ele não gosta e eu postei no facebook. Vai ser bastante difícil e requer policiamento o tempo inteiro. Mas, antes de se perguntarem o que cargas d'água isso tem a ver com o título, deixem-me explicar. Quando comprei meu celular novo, encontrei um aplicativo chamado Timehop e que serve para encontrar posts antigos no histórico de redes sociais (ex: facebook, twitter, instagram); no feed do aplicativo, a partir da data de acesso, o sistema reúne todas as atualizações feitas no mesmo dia, porém em anos anteriores. E exatamente nesse dia, só que há dois anos atrás (10/09/12) eu fiz um post no facebook que achei lindo (e o aplicativo me mostrou). Com 12 eu tinha uma vontade louca de ser o Peter Pan e nunca crescer, cheguei a chorar no meu aniversário de 11 anos pelo tempo estar passando (rápido demais); destacando que quando me refiro a tinha não quero dizer que a perdi por completo, apenas comecei a aceitar que cada fase da vida tem sua beleza e deve ser vivida intensamente, porque, como dizia Lenine, 'a vida é tão rara'. No próximo post falarei mais sobre isso,minha não vontade de crescer e minha aceitação em relação a adolescência (que está sendo bem vivida e eu já sinto saudades dela, essa fase linda e louca de hormônios descontrolados). Mas hoje, só quero compartilhar o textinho que escrevi, pela singeleza e honestidade nas palavras. 

E quando eu crescer? Quem vai explicar para o médico o que eu estou sentindo? Quem vai pegar minha toalha quando eu esquecer de levar ela ao banheiro? Quem vai massagear minha barriga quando ela estiver doendo? Quem vai fazer minha comida preferida? Quem vai mandar eu sair do computador? Quem vai me dizer pra estudar? Quem vai mandar eu levar um casaquinho, pois senão irei passar frio? Quem vai fazer brigadeiro e pipoca pra assistir filme comigo? Quem vai cuidar de mim quando eu estiver doente? Quem vai me contar histórias até eu dormir? Quem vai me dizer 'quando eu tinha a sua idade...'? Eu não quero crescer e nem perder vocês: mamãe, tias e vovó.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

O primeiro boletim

E de repente meu bebê entrou no Ensino Fundamental, fez suas primeiras provas e ontem recebeu seu primeiro boletim. A irmã coruja e babona está super orgulhosa e muito feliz pelas notas excelentes. Graças a Deus tudo correu da melhor forma possível! Você é extraordinário, Luís, e eu acredito que você vai trilhar caminhos maravilhosos, creio bastante no seu sucesso e sei que você vai longe, e pode confiar, eu estarei aqui de pé pra te ovacionar e te encher de beijos!

Sou tão babona que tinha que compartilhar aqui.


"Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver..."

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dia do abraço

"Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento? Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar - a intimidade da gente é irreproduzível. Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista. E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal é o melhor lugar do mundo? Meu palpite: dentro de um abraço. Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve. Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incerta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso. O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito." Martha Medeiros

Hoje eu mando um abraçaço...

Desejo a todos um feliz dia do abraço, porque afinal, o abraço é uma das mais belas demonstrações de carinho e cuidado. Sei que já compartilhei o texto acima com vocês há 1 ano atrás, mas não consegui achar outro texto que diga tudo que quero falar nesse dia do abraço. 

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Pequenas Felicidades 3

As pequenas felicidades, que na verdade são as grandes felicidades das nossas vidas
  • Aproveitar muito o hoje, meu último dia com 14 anos.
  • Receber a visita da minha irmã que veio passar o final de semana comigo.
  • Organizar com os amigos a ida ao cinema amanhã para assistir Godzilla e comemorar meu aniversário.
  • Receber meu boletim e comparar com as notas do I trimestre do ano passado e perceber o quanto elas apresentaram melhoras.
  • Estar na contagem regressiva para minha viagem a Nova York e Orlando, 29 dias.
  • Organizar cada detalhe da viagem.
  • Amar com vontade e viver intensamente cada pessoa que passa pela minha vida.
  • Agradecer ao PAI por todas as bençãos concedidas dia após dia.

Sentindo saudade da minha mãe, do meu irmão, do meu padrasto, amigos e familiares que não vão poder passar esse dia tão especial para mim comigo, mas sempre em frente, a gente se vê daqui há algumas semanas! Como diz a música do Barão Vermelho, 'quem vem com tudo não cansa'. 

"Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração. Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus." (Efésios 5:19-21)



quinta-feira, 15 de maio de 2014

Maio, como te amo.

"É mês de maio, a vida tem seu esplendor
A luz do sol entrou
Pela janela e convidou
Pra tarde tão bela, e sem calor
É mês de maio, saio e vou ver o sol se pôr
Horizonte, de aquarela, que ninguém jamais pintou
E um enxame, de estrelas, diz que o dia terminou

Noite nem se firmou
E a lua cheia, já clareou
Sombras podem ir, façam favor
É mês de maio, é tempo de ser sonhador..."

Pra quem me acompanhou no facebook, ou me acompanha há mais de um ano sabe o quanto esse mês de maio, tão esperado, é especial para minha família e para mim, e esse ano foi especialmente importante por vários outros motivos. No finalzinho do mês passado, uma pessoa bastante especial para minha família (e para mim) veio a falecer, a aproximadamente um mês lutava contra um câncer agressivo de pulmão, mas os planos de Deus eram outros e ela partiu para um lugar onde não há dor e nem sofrimento, deixou aqui um exemplo de vida, forte e lindo, vários corações saudosos e uma cidade inteira em luto. Após passado o sofrimento maior (as lembranças ficaram para sempre), seguimos, sempre em frente, 'here comes the sun', como diz a música que eu sempre canto quando estamos passando por um 'long cold lonely winter', o sol há de vir sempre, e aqui, ele chegou e trouxe junto o mês de maio. E ah, como amo esse mês, das noivas, das mães, dos trabalhadores, do meu irmão, da minha mãe, meu, de amigos, da querida Juliana que faleceu e de tanta gente por aí. Dia 07/05 foi o dia de Luís Henrique, e ele completou suas 6 voltas ao redor do sol em grande estilo, deixando sua irmã coruja (e seus familiares também) orgulhosa, babona e chorosa. Dia 10/05 (as vésperas do dia das mães) foi o dia da minha mãe, regado de amor e carinho, dessa vez ela que estava (de novo) orgulhosa, babona e chorosa com as declarações de seus filhos, parentes e amigos. Passamos um dia das mães maravilhoso, com almoço na casa da vovó com direito a presença de todas as minhas tias-mães e o primeiro dia das mães da minha prima, com nosso pequeno grande amor na barriga. E agora, sábado, 17/05, é a minha vez, 15 anos de muita felicidade, amor e gratidão, só tenho a agradecer a Deus por tantas bençãos e até pelos sofrimentos. Desde já deixo registrada a vontade enorme de que meu pai estivesse aqui conosco comemorando mais essa volta ao redor do sol. MUITO AMOR nesse mês de maio minha gente, pois por aqui ele é em todos os sentidos o mês do amor. Gratidão por tudo! A vida segue lindamente, oh maio, como te amo!

terça-feira, 1 de abril de 2014

Meu pai mudou minha vida

É comum vermos pais falando que os filhos mudaram suas vidas, mas não é tão comum assim vermos filhos dizendo que os pais mudaram suas vidas, e hoje eu senti a necessidade de falar ao mundo que meu pai mudou minha vida, lá em 1999, no ano da "virada". E já são quase 15 anos sem meu pai, é uma saudade sem tamanho, sem socorro, sofrida, doída, doida, que por vezes me faz chorar pedindo pra Deus pra ele renascer, que me faz olhar as fotos dele e implorar pra que seja só um sonho ruim, uma saudade que só sabe quem sente, porque não é comum, porque eu sei que não verei ele de novo em vida, nunca, e isso é o pior dessa saudade. Não tive tanto tempo para conviver com meu pai, aproximadamente 1 mês, 30 dias, 720 horas, não me parece tempo suficiente para viver com aquele que também é responsável pela sua vinda ao mundo e que nutria por você um amor intenso, e é menos ainda, se somado ao fato de que foi o meu 1º mês de vida, então tudo que eu sei dele é o que os outros me falaram e toda a imagem que eu tenho dele é aquela que vejo nas fotografias, não são lembranças concretas. Esse fato, me deixa tão triste quanto a saudade que eu sinto dele, algumas pessoas alegam que isso é bom, de certa forma, mas só sabe quem sente o quanto dói saber que você deveria ter vivido mais momentos, que deveria ter lembranças, que deveria ter tido mais tempo, que o destino pode ser cruel. Então, como em tão pouco tempo meu pai mudou minha vida? Talvez não tenha sido diretamente, por isso levei tanto tempo para perceber, mas de forma indireta, através de pequenos atos, citações e ações que me foram ditas e descritas por meio daqueles que puderam conviver com ele. Meu pai mudou minha vida quando não deixou furarem minha orelha e colocarem um brinco em mim sem o meu consentimento porque isso seria invasivo ao meu corpo, meu pai mudou minha vida quando encarava tudo da forma mais positiva possível, meu pai mudou minha vida quando levava a vida tratando a "alegria como a melhor coisa que existe", meu pai mudou minha vida quando comprou um caderninho para minha mãe escrever o que sentia e precisava porque ela deveria evitar falar após a cirurgia, meu pai mudou minha vida quando sempre esteve ao lado da minha avó e a ajudou a superar a morte do meu avô, meu pai mudou minha vida quando gostava de fazer o bem e sempre ajudava os outros, meu pai mudou minha vida quando sempre ouvi palavras doces sobre ele, meu pai mudou minha vida e de vários que tiveram a oportunidade de conhece-lo. Talvez por ele ter me mudado de forma tão positiva hoje eu seja tão parecida com ele, talvez essa seja a explicação do meu jogo do contente, de eu ser uma pessoa querida pelos que me cercam, de ter uma personalidade forte, de ser mandona, de ter olhos que sorriem junto com a boca, de ser o "xodó" da família paterna (meu pai era o xodó também), de eu amar crianças, de encarar o mundo com muito amor e felicidade e de tantas outras coisas. Meu pai, amante de Ayrton Senna e apreciador da boa música, de Luiz Gonzaga, Dominguinhos e de tantos outros cantores maravilhosos desse nosso Brasil, me ensinou (sem nem saber) grandes valores e virtudes dessa vida, meu pai, que se foi cedo demais, antes que eu também pudesse mudar a vida dele, meu grande e eterno amor, meu exemplo de vida. E por causa do meu pai, eu quero mudar a vida dos outros também!

"Eu andei sem te encontrar
Por quase todo lugar
Eu perguntava por ti
Seus passos sempre segui
Querendo te encontrar só pra falar de amor
Frases que nunca falei
Carinhos que nunca fiz
Beijos que nunca te dei"
(Dominguinhos)

quinta-feira, 27 de março de 2014

Boas novas

Depois de muito tempo ausente, eu voltei, com a maior cara de pau do mundo escrevendo isso. Tantas coisas mudaram desde então, entrei de férias e passei proveitosos momentos com meus amigos, meus irmãos e minha família, até arranjei um namorado, mas isso é pra outro post, minha prima, e além disso amiga, vai ser mamãe (mais um bebê pra eu corujar), meu pequeno entrou na natação e eu já voltei pra minha cidade, morrendo de saudades e com o coração na mão de saber que ele estava doente e não tinha nada que eu pudesse fazer. Fora isso, essa semana começaram as provas do pequeno, de acordo com ele, tirará 10 ou "mais que 10". Estarei voltando aos poucos, logo terei o post sobre a natação do pequeno, as primeiras provas, as brincadeiras que fizemos nas férias, a preparação para minha viagem para Orlando e Nova York (com um grupo de turismo), a peça de Dom Casmurro que irei ver com a escola, meu primeiro namorado e tudo mais. Devagar e sempre! Vamos a pérola mais fofa dessas férias: 

Luis: Belle, vamos fazer uma obra de arte?
Eu: Vamos, uma bem bonita!
Luís: Ah, então você tem que me desenhar, porque eu sou bem bonito!