sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Irmãe

Adivinha quem escreveu pro blog da Bruna Moteiro (o mãetamorfose), a pessoa que vos fala agora, e que está tão honrada. Obrigada Buka! O link do post, aqui.



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Espontaneamente

Hoje resolvi compartilhar um texto que me chocou, me deu um choque de realidade, o texto se chama Recordação, por Antônio Prada vim falar sobre a espontaneidade de sermos, porque quando somos nós mesmo, ai é que nos descobrimos.

"Mas sabe o que é mais difícil? Não ter foto dela."
" não tem nenhuma?"
"Não, tenho foto, sim, eu até fiz um álbum, mas não tem foto dela fazendo as coisas dela, entendeu? Que nem: tem ela no casamento da nossa mais velha, toda arrumada. Mas ela não era daquele jeito, com penteado, com vestido. Sabe o jeito que eu mais lembro dela? De avental. Só que toda vez que tinha almoço lá em casa, festa e alguém aparecia com uma câmera na cozinha, ela tirava correndo o avental, ia arrumar o cabelo, até ficar de um jeito que não era ela. Tenho pensado muito nisso aí, das fotos, falo com os passageiros e tal e descobri que é assim, é do ser humano, mesmo. (...) Não faz sentido, pra que a pessoa quer gravar as coisas que não da vida dela e as coisas que são, não?"

As fotos que a gente quer apagar porque nem olhou para a câmera...

São na verdade, as que mostram nossa essência.




sábado, 10 de agosto de 2013

O décimo quinto

Texto altamente sentimental e enorme, desabafo.

15 anos sentindo que o dia dos pais não deveria existir, 14 anos (no primeiro eu tinha meses) dizendo que não machuca, não doí, 15 anos em que minha família simplesmente não comemora o dia dos pais por não querer lembrar. Deixem-me explicar. Quando eu tinha apenas 1 mês, minha mãe e meu pai com um RN em casa, minha mãe acabando de descobrir a maternidade, meu pai acabando de descobrir a paternidade, chegou um circo na cidade, e meu pai como amante de circo, Ayrton Senna e futebol, foi ver, afinal, que jeito melhor de alegrar-se? Minha mãe ficou em casa com o bebê que chorava mais que tudo, que hoje é a pessoa que vos fala, e na volta do circo, ocorreu um acidente, e meu pai teve traumatismo craniano, pouco menos de 1 ou 2 meses antes do aniversário dele, 10 meses depois de saber que ia ser pai, ficou em coma algum tempo e morreu. Nunca quis saber mais da história, para mim sempre foi isso e fim, não sei se estava bêbado, se quebrou leis de trânsito, se poderia ter evitado, se foi vítima, causador, só sei disso, que era MEU pai, da sua única filha, marido da minha mãe, que virou viúva antes dos 30, filho da minha avó Isabel, que tinha perdido o marido também pouco tempo antes, que ficou viúva e perdeu o caçula, seu tão doce rebento. Nunca ouvi palavras ruins sobre meu pai, todos que o conheceram dizem que pareço muito com ele, já choraram me olhando e lembrando de como ele era, já escutei tantas histórias que cortaram meu coração porque eu queria ter conhecido ele, afinal, é meu pai, meu herói, que poderia ter visto pelo menos o primeiro sorriso, ou escutado a primeira palavra, que foi "PAPÁ", assim, sem pai pra se orgulhar, ou competir com a mãe gritando pro bebê "PAPÁ" "MAMÁ", e durante muito tempo foi a única coisa que eu falava, repetia freneticamente, rindo e chorando, "PAPÁPAPÁPAPÁ". Imagino a dor que foi para minha mãe, imagino, não posso senti-lá e ao mínimo chegar perto da dor. A família do meu pai inteira logo se responsabilizou por mim, tia Socorro e tia Cristina cuidam de manhã, tia Socorro², tia Ceiça, tia Neide e vovó Isabel de tarde, enquanto mamãe trabalha, mamãe cuida de noite. Viajava diversas vezes para casa de familiares confortadores, e minha mãe costuma dizer até o hoje que se não fosse pelos Jácome não teria sobrevivido, primeiro por não ter com quem me deixar para trabalhar, segundo, por não ter apoio físico e psicológico, e até hoje frequentamos assiduamente a casa da minha família paterna, minha mãe nunca tirou o sobrenome, meu irmão chama todos de tio, tia, vó, que são na verdade postiços, mas a alma sobrepõe o sangue. Ganhei um padastro ainda bem pequena, deveria ter uns 4 anos, e Deus me deu a benção dele ser um homem maravilhoso para mim e minha mãe, um grande pai pro meu irmão, dá a liberdade da minha mãe de falar do meu pai, de chorar por ele de vez em quando, de sentir falta dele, e nunca quis comemoração do dia dos pais nem nada, nunca pediu presente do dia dos pais da minha escola, e faz questão de sempre deixar nosso final de semana do dia dos pais especial, não especial "dia dos pais", mas especial para gente nem lembrar que é mais um sem meu pai, e com meu irmão não foi diferente, eu digo que não me importo, mas ele e minha mãe ficam com um pé atrás sempre, afinal, foi assim por 9 anos antes de Luís. Minha experiencia com dia dos pais sempre foi de final de semana comum, com muita saudade, quando era menor me agarrava a fotos dele e chorava berrando "volta papai, volta", o que deveria cortar o coração da minha mãe que volta e meia deveria chorar comigo, atualmente, eu penso que um dia irei revê-lo, e que tudo que Deus faz tem um motivo, nunca irei entender o MEU pai, justo meu papai ter morrido, antes que eu pudesse abraça-lo e falado que o amava, antes que eu pudesse ao menos falar "pai". E vai saber, afinal, a razão para as coisas do mundo, mesmo sem entender a gente segue em frente, com a certeza de que apesar de tudo, a gente vai sorrir. Feliz dia dos pais para os papais que se foram, que continuam aqui, ausentes, presentes, porque afinal, ser pai não é só dar o espermatozoide, ser pai é ser feito de amor também. Francisco, meu pai, eu o amo, e entendo mais que nunca o Fábio Júnior em sua música, Pai, diz "pode crer, eu vou bem, eu tô indo, tô tentando, vivendo e pedindo, com loucura para você renascer"



sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Me jogando no sal grosso

Gente, vocês podem ter pensado que eu sou um tipo de fantasma que some e aparece, né?! Mas a questão é que os imprevistos do dia-a-dia aparecem e fica pra amanhã, pra amanhã, pra amanhã, e um dia a gente diz "ah, faz tanto tempo que eu não posto, que ninguém vai perceber um dia a mais né?!". Mas juro de dedinho que dessa vez não foi porque eu não podia por uma dorzinha de cabeça, gente, eu praticamente estou um poço de doenças chatas. No sábado passado (dia 4), assim no "sem mais nem menos" eu fui parar no pronto socorro com uma alergia sem motivo, uma coisa horrível de se ver. O médico receitou duas injeções, não vai voltar mais (de acordo com ele minha gente).


Essa foto não é minha, mas juro que tava quase assim.

E então, eu voltei da minha viagem, e eis que no meio do caminho eu descubro que infelizmente minha alergia voltou, dessa vez pior ainda. E pro pronto socorro fui pela segunda vez. Suspeita de urticária, alergia. Toma mais duas injeções e de 8 em 8 horas tomar um hixizine. Isso deve resolver, né? Só que não galerinha. É, no outro dia voltou, e eu fui parar ao pronto socorro pela TERCEIRA vez, minha gente, três vezes, sem motivo nenhum aparente. Dois comprimidos de polaramine. E galerinha, ainda não resolveu, pode uma coisa dessas? Fui ao dermatologista e ele afirmou que sim, é Urticária, não sabemos o motivo, exames de sangue, coisa toda, o resultado ainda não saiu, mas com a dose de Alleggra receitada, parece que os ataques resolveram dar um tempo (espero que eternamente), mas ainda tô suspensa de glúten, chocolate, evitando transgênicos, peixes, e várias outras comidas. E quando eu achei que ia ficar linda, livre, leve e solta, acontece o que minha gente, eu pego uma virose. Talvez do contato com o pessoal nos hospitais, mas isso não é coisa que se deixe acontecer com uma menina que tá perto da semana de provas e que acabou de se livrar de uma urticária (ou espera que tenha se livrado). E lá vem febre, nariz escorrendo, garganta inflamada, dor no corpo e na cabeça, tudo junto de uma vez, e um enjoo sem motivo, sono sem motivo (mentira, tem motivo, os corticoides) e fica difícil blogar nesses momentos. Mas juro que quando posso acompanho os blogs de vocês. E sigo na recuperação. Torçam por mim. E acho que vou me jogar no sal grosso.